sábado, 5 de agosto de 2017

HISTÓRIA DO CANGAÇO: verdades, lendas, narrativas sobre um fato histórico - social.

Cruz, Altair Andrade¹ O cangaço vem do tempo em que o sertão ainda não havia sido desbravado. Os jagunços eram boiadeiros que passavam a exercer um estilo de vida miliciano. O cangaço existe desde o do século XVIII, tempo em que o sertão ainda não havia sido desbravado. Eram os guarda-costas dos fazendeiros ou dos senhores de engenhos. Segundo refere Claudionor de Oliveira Queiroz¹ os jagunços deram origem ao cangaço. Jagunço ou capanga era todo o indivíduo que empunhava uma arma para defender a si próprio, aos seus bens, à sua família, e que, a partir do primeiro crime cometido passava a ser usado, protegido, pelos chefes políticos "(...)que então, se tornavam mais respeitados pela gentalha e mais desejados pelos governantes". Os cabras, sao mestiços de ‘mulato’ ou moreno, esse que por sua vez é filho de pai branco e mae preta ou vice-versa, sendo portanto, o mestiço cabra, filho de moreno e negro. Jagunço, capanga, cangaceiro, guarda-costas, sobrevive ainda, são os pistoleiros, atuam no Nordeste, Norte e em demais regiões, agora também nas capitais. Assim, não é verdadeiro que este fenômeno social tenha sido exterminado pelo governo Estado Novo de Getúlio Vargas, como fatores extremistas. O gênero de vida dos bandoleiros ou bandidos errantes do Nordeste brasileiro chefiados pelo capitão Virgulino foi um acontecimento social que produziu uma cultura ímpar, com indumentária, música, versos, dança e um jeito de ser bem característicos Durante o início do Século XX no Agreste nordestino aconteceu o que ficou conhecido como o bando de Lampião, que foi o gênero de vida dos bandoleiros ou bandidos errantes do Nordeste brasileiro chefiados pelo capitão Virgulino. Foi um acontecimento social que produziu uma cultura ímpar, com indumentária, música, versos, dança e um jeito de ser bem característicos, espécie de ciganos nordestinos. Geralmente, os cangaceiros saíam da lida com o gado. Eram vaqueiros habilidosos, que faziam as próprias roupas, caçavam e cozinhavam, tocavam o pé-de-bode (sanfona de oito baixos) em dias de festa, trabalhavam com couro, amansavam animais, desenvolvendo um estilo de vida miliciano e, apesar da vida criminosa, eram muito religiosos. Devido a causas e sentimentos de injustiça ingressavam no cangaço. Vestiam-se com roupas de tecido grosso, ou até com gibão, calçavam alpercata, usavam chapéus de couro com abas largas e viradas para cima, gostavam de lenços no pescoço, de punhais compridos na cintura, cartucheiras atravessadas ao peito disputando espaço com as cangas, que eram as bolsas, cabaças e outros suportes, utilizados para transportar os objetos pessoais. A expressão cangaço está relacionada à palavra canga ou cangalho: uma junta de madeira que une os bois para o trabalho. Assim como os bois carregam as cangas para realizar o trabalho de força, os homens que levam os rifles nas costas são chamados de cangaceiros. O cangaço advém do século XVIII, tempo em que o sertão ainda não havia sido desbravado. Já naquela época, o cangaceiro Jesuíno Brilhante (vulgo Cabeleira) ataca o Recife, e é preso e enforcado em 1786. De Ribeira do Navio, estado de Pernambuco, surgem também os cangaceiros Cassemiro Honório e Márcula. O cangaço passa a se tornar, então, uma profissão lucrativa, surgindo vários grupos que roubam e matam nas caatingas. São eles: Zé Pereira, os irmãos Porcino, Sebastião Pereira e Antônio Quelé. No começo da história, contudo, eles representam grupos de homens armados a serviço de coronéis. Em 1897, surge o primeiro cangaceiro importante: Antônio Silvino. Com fama de bandido cavalheiresco, que respeita e ajuda muitos, Antonio Silvino atua, durante 17 anos, nos sertões de Alagoas, Pernambuco e Paraíba. É preso pela polícia pernambucana em 1914. Outro cangaceiro famoso é Sebastião Pereira (chamado de Sinhô Pereira), que forma o seu bando em 1916. No início do Século XX surgem bandos, para vingar injustiças e mortes de suas famílias. Para combater esse novo fenômeno social, o Poder Público cria as "volantes". Nestas forças policiais, os seus integrantes se disfarçavam de cangaceiros, tentando descobrir os seus esconderijos. Logo, ficava bem difícil saber ao certo quem era quem. Do ponto de vista dos cangaceiros, eles eram, simplesmente, os "macacos". E tais "macacos" atuavam com mais ferocidade do que os próprios cangaceiros, criando um clima de grande violência em todo o sertão nordestino. Nesse contexto, surge a figura do padre Cícero Romão Batista, concilia interesses antagônicos e amortece os conflitos entre as classes sociais. Apelidado pelos fanáticos de “Santo de Juazeiro”, que nele vêem o poder de realizar milagres. Endeusado nas zonas rurais nordestinas, o Padre Cícero concilia interesses antagônicos e amortece os conflitos entre as classes sociais. Em meio a crendices e superstições, os milagres (muitas vezes, resumidos a simples conselhos de higiene ou procedimentos diante da subnutrição) atraem grandes romarias para Juazeiro, ainda mais porque os seus conselhos são gratuitos. O Santo de Juazeiro, contudo, a despeito de ser um bom conciliador e uma figura querida entre os cangaceiros, utiliza a sua influência religiosa para agir em favor dos "coronéis", desculpando-os pelas violências e injustiças cometidas. Segundo referem alguns velhos que ouviram de seus ascendentes, a festa de Nossa Senhora das Candeias em Juazeiro se deve ao fato de um seu afilhado ir queixar-se de estar passando fome porque não estava vendendo nada na sua sucata, então o padre Cícero mandou que ele começasse a fabricar lamparinas de latas, o homem obedeceu e no domingo, na hora da missa o padim anunciou que doravante haveria uma procissão de Nossa Senhora das Luzes e que todos levassem não velas, mas lamparinas. O sucateiro não dava vencimento e trabalhava: Abria as latas durante a noite e pela manhãzinha ia soldar, fato que lhe trouxe algumas reclamações “de incomodar o sono dos vizinhos”, mas que também foi resolvido pelo padim. Mas não foi só isso. Com o aviso da procissão toda a cidade (que andava meio parada), se mobilizou: chegavam e partiam caminhões para abastecer com o querosene e os caminhoneiros levavam a notícia, chegavam os caminhões pau-de-arara com romeiros, abriram-se mercadinhos, restaurantes, hospedarias, o povo apanhava latinhas nas ruas, as sucatas compravam e vendiam, os artesãos fabricavam terços, as gráficas catecismos e santinhos, os mascates se misturavam às multidões de romeiros de todos os lugares... A um ato do padim Ciço Juazeiro prosperava... Em 1921 Lampião inicia o seu grupo de cabras valentes, cada um com seu desejo de vingar alguma coisa, começou com 46 cangaceiros dos cerca de 300 que se formaria no total O rei do cangaço impera no sertão: Em meio a essa turbulência, surge o mais importante de todos os cangaceiros e quem mais tempo resiste (cerca de vinte anos) ao cerco policial: Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, também chamado rei do cangaço e governador do sertão. Os membros do seu bando usam cabelos compridos, lenço em volta do pescoço, grande quantidade de jóias e um perfume exagerado. Alguns de seus nomes e alcunhas são os seguintes: Antônio Pereira, Antônio Marinheiro, Ananias, Alagoano, Andorinha, Arvoredo, Ângelo Roque, Beleza, Beija-Flor, Bom de Veras, Cícero da Costa, Cajueiro, Cigano, Cravo Roxo, Cavanhaque, Chumbinho, Cambaio, Criança, Corisco, Delicadeza, Damião, Ezequiel, Português, Fogueira, Jararaca, Juriti, Luís Pedro, Linguarudo, Lagartixa, Moreno, Moita Braba, Mormaço, Ponto Fino, Porqueira, Pintado, Sete Léguas, Sabino, Trovão, Zé Baiano, Zé Venâncio, Volta Seca, Tripa Seca, Azulão, Riqueza, Vinte e Cinco, Canjica, Labareda, José Baiano, Galo, Moita Brava, José Sereno, Zabelê, Barreiras, Asa Branca, Candeeiro, Beija-Flor, Luís Padre, Maritaca, Incubadora, Baioneta, entre outros. A partir de 1930, a mulher é inserida no cangaço. Tudo começa com Maria Bonita, companheira de Lampião, e depois vêm outras. Muito embora não entrassem diretamente nos combates, as mulheres são preciosas colaboradoras, participando de forma indireta das brigadas e/ou empreitadas mais perigosas, cuidando dos feridos, cozinhando, lavando, e, principalmente, dando amor aos cangaceiros. Elas sempre portam armas de cano curto (do tipo Mauser) e, em caso de defesa pessoal, estão prontas para atirar. As cangaceiras mais famosas do bando de Lampião, juntamente com os seus companheiros, são: Dadá (Corisco), Inacinha (Galo), Sebastiana (Moita Brava), Cila (José Sereno), Maria (Labareda), Lídia, (José Baiano) e Neném do Ouro (Luís Pedro). Por trinta anos as cabeças dos cangaceiros ficaram expostas no Museu Nina Rodrigues, na Bahia. Na madrugada do dia 28 de julho de 1938 na grota de Angicos em Sergipe, Lampião e seu bando de 35 cangaceiros é metralhado pela volante de 48 policiais comandados pelo capitão João Bezerra. Após décadas de protestos, por parte das famílias de Lampião, Maria Bonita e Corisco, no dia 6 de fevereiro de 1968, por ordem do governador Luís Viana Filho, e obedecendo ao código penal brasileiro que impõe o devido respeito aos mortos, as cabeças de Lampião e Maria Bonita são sepultadas no cemitério da Quinta dos Lázaros, em Salvador. Em 13 de fevereiro, do mesmo ano, o governador autoriza, ainda, o sepultamento da cabeça e do braço de Corisco, e das cabeças de Canjica, Zabelê, Azulão e Marinheiro. Virgulino Ferreira da Silva dito Lampião nasceu em Pernambuco na localidade Serra Talhada em 1897 e foi morto na localidade Angicos em Sergipe na madrugada do dia 28 de julho de 1938 aos quarenta e um anos de idade, em que, segundo relatos, os cangaceiros acordaram tarde “já amanhecendo o dia”. Cangaceiro chefe de bandos que percorriam diversos Estados da região Nordeste do Brasil. O padre Cícero lhe concedeu a patente de capitão na época da Coluna Prestes. Vale a história de que Lampião foi traído por um coiteiro e surpreendido pelos "macacos", (como ele chamava os policiais, porque eles subiam nas árvores dos juazeiros para ver se avistavam o bando), comandados pelo capitão João Bezerra. O bando estava em um de seus coitos (esconderijos), na grota da Fazenda Angico, em Porto da Folha, Sergipe. Isso aconteceu na madrugada de 28 de julho de 1938. Um fator decisivo para o extermínio do bando de Lampião foi o uso da metralhadora pela polícia móvel e que os cangaceiros há muito tentavam ter, mas não obtêm sucesso. Os 30 homens e cinco mulheres começavam a se levantar e os 48 policiais da volante (polícia mobilizada que àquela época procurava bandidos), traziam uma metralhadora Hotchkis, (dizem que ele carregava 1000 contos de réis (um carro custava 8 contos) e uns 5 quilos de ouro) e que além dele e de Maria Bonita ( nome dado à sua companheira baiana, “ a morena da terra do condor”), foram mortos mais 9 cangaceiros, mas outra versão diz que ao todo, 11 cangaceiros morreram em Angicos. O restante conseguiu escapar pela brecha deixada por José Aniceto, aproveitando-se da semelhança dos trajes para dizer que era também da polícia. As cabeças dos mortos saíram em uma turnê macabra e foram expostas em várias cidades. As de Lampião e de Maria, que já jurara antes sempre permanecer ao lado de Lampião e que foi degolada viva, seguiram para o Museu Nina Rodrigues, em Salvador, e lá ficaram por trinta anos, ou seja, até 1968 quando então foram enterradas. Apesar de Corisco tentar continuar, com a figura de Lampião morre também a última liderança desse fenômeno social. As cabeças dos cangaceiros ficaram em exposição pública por 30 anos, ou seja, até 1968 no Museu Nina Rodrigues, em Salvador O médico-legista de Maceió, professor Lages Filho, efetuou exames antropométricos nas cabeças de Lampião e de Maria Bonita. Sobre a mulher do chefe dos cangaceiros, Lages Filho afirmava, em seu relatório, de que a degradação não lhe permitiu “apreciar os traços fisionômicos, os quais, aliás, não pareciam desmentir o apelido que lhe deram”. Sobre Lampião, que teve o crânio destruído por um projétil que lhe desfigurou parte do rosto, o especialista apontava que não havia elementos que o incluíssem na galeria dos tipos criminosos especificados pelo italiano Cesare Lombroso a partir de estudos de crânios. Cinco dias depois do combate, Corisco, o diabo loiro, e que segundo se fala, era rapaz muito bonito, que não estava presente, mas sim em seu próprio bando, matou um coiteiro, (que imaginou ser o responsável pela denúncia do esconderijo do seu chefe e amigo), e mais outras cinco pessoas de sua família e cortou as cabeças e mandou para o capitão da volante policial João Bezerra como uma mostra de que as próximas cabeças seriam a dele e as de sua família. (Em 1940, Corisco foi morto e com ele, morreu o cangaço). Mas surgiu outra história: “o fotógrafo mineiro José Geraldo Aguiar causou considerável estardalhaço quando anunciou que Lampião não morreu em 1938, aos 41 anos, como está escrito nos livros de história. Ele teria morrido apenas em 1993, em Minas, com o nome de Antônio Maria da Conceição. O jornalista Aguiar pediu a exumação do corpo de Conceição, mas a Justiça negou (...)” Lampião entra para o grupo do “Seu” Pereira aos 19 anos, para vingar a morte do pai. Virgulino era o terceiro de uma família de pai, mãe e nove filhos e ganhou a antonomásia “Lampião”, segundo contam cangaceiros do seu bando e dos bandos menores que permaneceram vivos, “ao iluminar a escuridão com uma rajada de tiros quando numa ocasião um cangaceiro procurava um cigarro perdido no chão”, ou outra versão conta que “ele fez uma modificação no seu fuzil, tornando-o mais rápido, de modo que o cano estava sempre aceso, como um lampião”! Os mais velhos contam que ouviram de seus pais, que seus avós contavam que certo dia ao almoçarem na casa de uma velhinha que os acolhia com muito gosto, um dos cangaceiros de repente sacudiu-se todo, escarrou e cuspiu e disse afobado:"Veiinha! O dicumê tá inssôso!" - ao que o capitão retrucou:"É mermo! Veiinha traga tudo o sal que a sinhora tem!" - e a pobre mulher apavorada trouxe prá mais de dois quilos. Então o capitão disse:" Eu num reclamei, intonce cabra, agora coma sal!" Entrou para o cangaço aos 19 anos, no grupo de um homem chamado “Seu” Pereira. Foi ser cangaceiro para matar um vizinho chamado Saturnino, que mandou uma volante matar seu pai. Outra versão diz que o nome de quem matou seu pai era Zé Lucena e andava por esses tempos com a tal "esquadra volante", milícia que formou com a jagunçada que ia encontrando pelo sertão afora, conta-se ainda que Lampião, para atraí-lo enviou o Riqueza, que se fez passar por recruta e foi inclusive "promovido" a cabo pelo "tenente Lucena". Não se aglomeravam, eram divididos em vários bandos e comandados por um cabra de confiança do Capitão Virgulino – titulação que lhe foi conferida pelo governo de Juazeiro do Norte no Ceará, que era o próprio padre Cícero Mas foi em 1921 que Lampião iniciou o seu grupo de cabras valentes, cada um com seu desejo de vingar alguma coisa, o grupo inicial contava com 46 cangaceiros dos cerca de trezentos que se formaria no total, no entanto, não se aglomeravam, eram divididos em vários bandos e comandados por um cabra, (mestiço de mulato e negro), de confiança do Capitão Virgulino – titulação que lhe foi conferida pelo governo de Juazeiro do Norte no Ceará, que era o próprio padre Cícero. Percorrendo os sertões nordestinos, os justiceiros matavam coronéis e davam parte do lucro dos bens saqueados aos pobres, e, com o passar do tempo, alguns coronéis, que por medo ou até mesmo simpatia, já se aliavam ao grande bando e lhes propiciavam guarda e acolhida quando passavam nas localidades.Os protetores dos cangaceiros eram chamados acoitadores ou coiteiros. Em 1936 o Diário de Pernambuco publicou fotos tiradas das únicas filmagens feitas pelo libanês Benjamin Abrahão Dele e de seu bando existem verdades, lendas, narrativas orais e escritas, filmes, poemas, teatralizações músicas, seriados, exposições e estudos de universidades internacionais como 10 teses na Europa (três só na Sorbonne) e seis nos EUA relacionadas ao tema, em suas maiorias realizadas por estrangeiros. Em Aix-la-Chapelle (França) aconteceu uma exposição sobre o cangaço, promovida por uma instituição governamental da Suíça. Lampião era alfabetizado e inclusive foi fotografado apenas pelo fotógrafo e cineasta libanês Benjamin Abraão, que passa a morar no Brasil mais notadamente na região Nordeste, (segundo autorização do padre Cícero para fotografar), lendo o jornal O Globo. Desconfiado, Lampião ordena que Abrahão fique na frente do equipamento para o primeiro take, para se certificar de que não era uma armadilha. Em 27 de dezembro de 1936, o Diário de Pernambuco é o primeiro jornal do Brasil a publicar a façanha do libanês. Estética e estratégias do cangaço Estética do Cangaço – além de manifestações culturais, cantoria e dança, todos gostavam de moda. Maria Bonita era a costureira do bando, mas também Lampião e Dadá costuravam e produziam os modelos das roupas. Compravam alguns produtos aos mascates. Dizem que por muitas vezes Lampião e Maria Bonita viajavam às capitais disfarçados em cidadãos comuns 1 - Chapéu - inspirado no modelo francês adotado pelo imperador Napoleão Bonaparte, (de quem Lampião leu a biografia), na frente de um dos seus chapéus Lampião tinha a estrela de Davi em ouro, em outros acompanhava o enfeite do resto do bando: várias mandalas em estrela 2 - Lenços - de tafetá francês ou seda pura inglesa; geralmente estampados e coloridos, quebravam a monotonia do tom ocre da roupa de tecido gabardine %% 3 - Brincos - ao contrário de outros sertanejos, os cangaceiros usavam brincos e outras jóias, tudo de ouro 4 - Casaco - desenhado e costurado em algodão ou couro por Lampião , que carregava uma máquina de costura Singer para todos os seus acampamentos; tinham também inspirações medievais 5 - Perfume - os cangaceiros costumavam ser reconhecidos pelo cheiro excessivo de perfume, inclusive pelas volantes; Lampião preferia o "Fleur d'Amour", considerado um dos melhores perfumes franceses entre os anos 20 e 40 6 - Calça - o modelo mais usado era com culote e cintura bem alta; usavam até três no inverno devido ao frio à noite 7 – Cabelos - Lampião deixou de cortar os cabelos como promessa, após a morte do irmão, sendo seguido pelos outros cangaceiros; às vezes, eles penduravam anéis no cabelo, (que eram geralmente longos nas mulheres e em alguns dos homens), depois de lotados todos os dedos das mãos 8 - Arma - como outros adereços, era cravejada de moedas de ouro, influência da marchetaria árabe no sertão nordestino; segundo vários historiadores a presença da cultura dos árabes ¹ são uma evidênc9 - Alpargatas - enfeitadas com desenhos costurados; tinham uma lingueta para proteger os dedos 10 - Saia - sempre acima do joelho, desrespeitando a convenção da saia rendada até o tornozelo 11 - Anéis - de ouro, mulheres e homens usavam até três anéis por dedo 12- Alpargatas - desenhadas e confeccionadas em couro por Dadá, mulher de Corisco 13 - Colares e rosários - colares e correntes também de ouro, misturados com terços bentos, usados em abundância 14 – Lampião usava óculos - tinha o olho direito “vazado”, segundo dizem, ao ser atingido por um galho quando fugia por dentro da caatinga 15 - Proteção para as pernas e braços - as mulheres usavam meias grossas de algodão, 3/4 ou seja, até os joelhos e os homens usavam perneiras, de couro, isso para não arranhar nas caatingas, motivo também pelo qual todos usavam manga comprida Táticas e Truques do Cangaço - O conhecimento do ambiente e o uso de algumas táticas davam vantagem ao cangaceiro. 1 - Rastros Uma forma de escondê-los era andar em fila indiana, todos pisando na mesma pegada. O último ia de costas, apagando-a com plantas, Mandavam também fazer alpercatas com o salto na frente e não atrás, como é normal. A pegada parecia apontar para o outro lado, de modo que os perseguidores não sabiam se o bando ia ou se vinha 2 - Comunicações Quando entrava numa cidade, o bando cortava o fio do telégrafo e tomava o posto telefônico, impedindo pedidos de socorro 3- Estradas Eram evitadas. Os bandoleiros iam por dentro da caatinga. Quando não tinham outra opção, sequestravam todas as pessoas que encontravam e levavam os reféns ao menos por um tempo 4 - Psicologia Não deixavam a polícia avaliar o resultado dos combates. Levavam os mortos e, quando não dava, cortavam-lhes as cabeças, dificultando a identificação 5 – Apelidos Quando um integrante do grupo morria, seu apelido era adotado por um novato. Essa é uma das razões que faziam os cangaceiros parecerem invencíveis, pois os nomes eram imortais 6 - Alarmes Sempre havia cães acompanhando o bando, (já crianças pequenas não havia, as cangaceiras davam ou deixavam os filhos aos cuidados geralmente de padres ou de mulheres de coiteiros de muita confiança do capitão Virgulino, no entanto havia garotos ingressantes no bando), os cães funcionavam como sentinelas ( mas não latiam, exprimiam um rosnado gutural e abafado, como o da gia e que era entendido pelos cangaceiros), dizem que o cão do Capitão se chamava guarani. Havia também um sistema banal de alarme, consistia em cercar o acampamento com fios ligados a chocalhos (sinos, guizos) 6 – Para não serem vistos pelos inimigos rezavam “orações fortes”, ensinadas por beatos ou curandeiros que havia no sertão, tal como: Se encobrindo por uma árvore ou mesmo a palma da mão empatando ver o inimigo, rezar o Credo em cruz pelo avesso Surpresa, esperteza, covardia? Para conseguir bons resultados, Lampião evitava ao máximo os confrontos e abusava de uma tática conhecida como dueto. Ao ataque da polícia, simulava uma fuga, esperando o inimigo em outro local, de surpresa. Havia quem dissesse que isso era covardia. Ele preferia chamar de esperteza. Alguns dos filmes sobre personagens e o cangaço O Cabeleira - O Cangaceiro – 1953, Lima Barreto Deus e o Diabo na Terra do Sol – 1964, Glauber Rocha Lampião – o Rei do Cangaço – Corisco e Dadá – Rosemberg Cariry – Baile Perfumado - 1996, Paulo Caldas e Lírio Ferreira ( a saga do mascate que filmou os cangaceiros) Filme de Benjamin Abraão – 1938. Dos cangaceiros que sobreviveram, muitos ficaram mutilados, alguns a mídia os procurava para entrevistas, uma das vezes ao ser convidado pelo diretor a assitir cenas do filme sobre o cangaço, Volta Seca não gostou quando um "polícia" bateu na cara do cangaceiro, então indignado Volta Seca disse: "Home num se bate na cara, se mata!" No dia 2 de julho de 1938, o Cine Moderno em Fortaleza, exibe o filme de Benjamin Abrahão, o que de certo modo atiçou a perseguição ao bando. Na platéia, o chefe de Polícia, Cordeiro Neto, jornalistas e convidados para uma sessão privada. As cenas mostravam os cangaceiros rezando, lendo, sorrindo, encarando a câmera, simulando combates, dançando e despreocupados, o rei da caatinga, dando ordens ao seu bando, costurando, lendo e rezando o ofício. Lampião rezava a Oração da Pedra Cristalina. Mas depois das fotos publicadas o país todo agora exigia providências para se acabar com o cangaço no interior do Nordeste. Boa parte das 78 fotografias tiradas por Abrahão foi usada pelos jornais e revistas da época, como o Cruzeiro. Deste material original, meia dúzia teve os negativos originais perdidos ao longo do tempo e outros 12 não podem ser manuseados, sob o risco de virarem pó. As 60 fotos restantes passaram por uma recente restauração, incluindo 24 inéditas. O trabalho foi coordenado por Ricardo Albuquerque, neto do fundador da Aba Film, Adhemar. O projeto de resgate da obra de Abrahão, batizado de Memorial do Cangaço, tem ainda a participação de Vera Ferreira, neta de Lampião, e do pesquisador Amaury Correia de Araújo. Como fez com o Padre Cícero, que posou com o libanês segurando um exemplar de O Globo, do Rio de Janeiro, Benjamin Abrahão convenceu Lampião a segurar o jornal e também uma edição do A Noite Ilustrada. Maria Bonita, por sua vez, teria sido fotografada ao lado de um cartaz do Cafiaspirina, produto da Bayer. A metralhadora Hotchkiss, colocada em uma elevação a menos de 15 metros do acampamento, fez a maior parte do serviço. Conta-se que o soldado Abdon desobedeceu à ordem de João Bezerra e deu o primeiro tiro no cangaceiro Amoroso, que mesmo baleado conseguiu escapar do massacre que se daria logo a seguir. A metralhadora Hotchkiss, colocada em uma elevação a menos de 15 metros do acampamento, fez a maior parte do serviço. Lampião foi atingido no tórax e no baixo ventre, mal teve tempo de esboçar uma reação. Ainda baleada, Maria Bonita teria lembrado a Luiz Pedro, que já fugia, a sua promessa de permanecer ao lado do chefe. Depois, teria implorado para não ser morta, mas acabaria, sendo algumas versões, sendo degolada ainda viva. As cabeças dos cangaceiros ficaram expostas por trinta anos no Museu Nina Rodrigues em Salvador. Raimundo Nina Rodrigues (Vargem Grande, MA. 1862 - Paris, 1906), foi folclorista e sociólogo nascido no Estado Maranhão, iniciou estudos sobre os negros brasileiros. Dentre suas obras estão: O Animismo Fetichista dos Negros da Bahia (1900); Os Africanos no Brasil (1932) e o importante trabalho sobre o Quilombo dos Palmares. As cabeças dos cangaceiros foram examinadas para estudo sobre a teoria da predisposição genética à criminalidade O médico-legista de Maceió, professor Lages Filho, efetuou exames antropométricos nas cabeças de Lampião e de Maria Bonita. Sobre a mulher do chefe dos cangaceiros, Lages Filho afirmava, em seu relatório, de que a degradação não lhe permitiu “apreciar os traços fisionômicos, os quais, aliás, não pareciam desmentir o apelido que lhe deram”. Sobre Lampião, que teve o crânio destruído por um projétil que lhe desfigurou parte do rosto, o especialista apontava que não havia elementos que o incluíssem na galeria dos tipos criminosos (investigações sobre se criminosos tinham um “nó da criminalidade”) especificados pelo médico e criminologista italiano de descendência judaica Cesare Lombroso a partir de estudos de crânios. PRINCIPAIS CANGACEIROS DE LAMPIÃO {...} os cangaceiros recebiam ou adotavam alcunhas ou apelidos, os chamados “nomes de guerra” que, de uma maneira geral, eram relacionados às suas características pessoais, habilidades ou fatos biográficos. Existiam os que lembravam a vida de aventuras, marcas de crueldade, coragem, vingança (Jararaca, Besta Fera, Diabo Louro, Lasca Bomba, Pinga-Fogo), assim como os mais telúricos que lembravam elementos da natureza: Beija-Flor, Serra do Mar, Azulão, Asa Branca, Rouxinol, Lua Branca. As alcunhas serviam para despistar e confundir inimigos e perseguidores. Alguns chefes de bandos do cangaço chegavam até a colocar nos novos companheiros apelidos de cangaceiros mortos em combate. Dessa forma, há muitos cangaceiros que receberam o mesmo nome duas, três e até quatro vezes, como é o caso de Azulão. O primeiro Azulão era integrante do bando de Antônio Silvino, o segundo do bando de Sinhô Pereira, o terceiro e o quarto pertenceram ao bando de Lampião. Havia também os que não adotavam esse subterfúgio, desafiando o mundo. Bradavam os seus nomes verdadeiros para mostrar valentia. Segundo consta, o apelido de Virgolino Ferreira da Silva, Lampião era por causa da rapidez com que ele atirava, dando a impressão de um lampião que se acendia. RELAÇÃO, EM ORDEM ALFABÉTICA, DE NOMES PRÓPRIOS E “NOMES DE GUERRA” DE DIVERSOS CANGACEIROS, COM BASE NAS OBRAS CONSULTADAS, CITADAS NO FINAL DO TEXTO: Nota da Redatora¹ : Antonio Ferreira (irmão de Lampião). Açucena (Laurindo Batista Gaia) Alexandre Mourão Ameaço André Marinheiro (André Lopes de Sá – também assinava André Gomes de Sá) Ângelo Umbuzeiro Anjo Novo (Ângelo Carquejo) Antão Godê (Antão Clemente Gadelha) Antônio Batista Sobrinho Antônio Bernardo Antônio de Engracia Antônio de Ó Antônio de Sinhô Naro Antônio do Gelo (Antônio Rosa Ventura) Antônio Francisco da Silva Antônio Mariano Antônio Marinheiro (Antônio André de Sá) Antônio Matilde (Antônio José Ferreira) Antônio Peixe (João Rodrigues de Lima) Antônio Pereira dos Santos Antônio Porcino Antônio Silvino (Manuel Batista de Morais) Antônio Thomaz Antônio Valério Arvoredo (Hortêncio) *Azulão (terceiro e quarto) Asa Branca ou Ciço Costa (Cícero Costa Lacerda) Atividade Bagaço e posteriormente Meia Noite (Antônio Augusto Correia) Balão (Guilherme Alves) Baliza (cabra de Lampião) Baliza (José Dedé, cabra de Sinhô Pereira) Baliza (Manuel Batista Elifas, cabra de Antônio Silvino) Bananeira Barbosa Barra Nova Beija- Flor ou Biu (Artur José Gomes da Silva) Bem-Te-Vi (Laurindo) Benevides (Massilon Leite) Benício (cabra de Lucas da Feira) Bicheiro (cabra de Antônio Silvino) Bimbão Boa Vista Boca Negra (Custódio, cabra de José do Telhado) Bom Deveras (Manuel Marcolino) Borboleta (cabra de Antônio Silvino) Bronzeado (Manuel Ferreira) Cabeleira (José Gomes) Cabo Preto Cacheado (Deodato, cabra de Sinhô Pereira) Cachimbo (Manuel de Tal, cabra de Jesuíno Brilhante) Café Chique (José Necão) Caixa de Fósforo Cajazeiras (cabra de Benevides) Cajueiro (José Terto) Canabrava (Antônio Felix) Cansanção Cariri (Joaquim, cabra de Cassimiro Honório) Carrasco Carta Branca ou Pedro Quelé (Pedro José Furtado) Casa Velha ou Zé Piutá (José Bernardo) Casca Grossa (Miguel Inácio dos Santos) Cassimiro Honório Chá Preto (Damásio José da Cruz) Chico Caixão (Cornélio, cabra de Sinhô Pereira) Chico Pereira (Francisco Pereira Dantas) Chiquito (cabra de Luís do Triângulo) Chocho (cabra de Luís do Triângulo) Cindário (Jacinto Alves de Carvalho) Cirilo Antão Cirilo de Engrácia Cirilo do Lagamar Clementino Cordeiro de Morais Clementino José Furtado Quelé Cobra Preta Cocada (Manuel Marinho) Coco Verde (cabra de Antônio Silvino) Coqueiro (João Cesário) Coqueiro (Joaquim de Tal) Corisco (Critino Gomes da Silva Cleto) Cravo Roxo Criança (cabra de Corisco) Criança (cabra de Tibúrcio Santos) Criança (José Francisco da Silva) Dadá (Sérgia Ribeiro da Silva, mulher de Corisco) Damião (cabra de Tibúrcio Santos) Delegado (João Severiano, cabra de Jesuíno Brilhante) Deus-te-guie Devoção Dô da Lagoa do Mato ou Seu Dô (Dativo Correia Cavalcanti) Duque ou Duquinha (cabra de Antônio Silvino) Elpídio Freire Esperança (Antônio Ferreira da Silva, irmão de Lampião) Faísca (cabra de Floro Gomes) Ferrugem (Deco Batista) Fiapo (Andrelino, cabra de Sinhô Pereira) Firmino Miranda Flaviano (cabra de Lucas da Feira) Floro Gomes Francisco Barbosa Fura Moita (Firmino Paulino) Gato (Amâncio Guedes de Farias, cabra de Antônio Silvino) Gato (cabra de Sinhô Pereira) Gato (José Pereira, cabra de Jesuíno Brilhante) Gato (Sátiro de Tal, cabra de Lampião) Gavião Gitirana Guerreiro (cabra de Corisco) Inácio Nóbrega de Medeiros Ioiô (Antônio Quelé, irmão de José Furtado Clementino Quelé, de Quintino Quelé e de Pedro Quelé – Carta Branca) Jaçanã Jacaré Jandaia Januário (cabra de Lucas da Feira) Jararaca (José Leite de Santana) Jesuíno Brilhante (Jesuíno Alves de Melo Calado) Jiboião (Francisco, cabra de Sinhô Pereira) Jitirana João Branco (cabra de Cassimiro Honório) João Brito (cabra de André Marinheiro) João Cirino João da Banda (João de Arruda Cordeiro) João Dedé João Mariano João Nogueira Donato João Vaqueiro (cabra de Tibúrcio Santos) Joaquim (cabra de Lucas da Feira) Joaquim Cariri Joaquim Coqueiro Joaquim Gomes (cabra de Vinte Dois) Joaquim Mariano Joaquim Marques Joaquim Monteiro José (cabra de Lucas da Feira) José Bacalhau José Baiano José Baliza José Barbosa José Barbosa José Bizarria (cabra de Luís do Triângulo) José Côco (cabra de Benevides) José da Umburana (José Alves de Carvalho) José de Genoveva José de Guida (José Alves de Lima) José Dedé José Marinheiro (José André de Sá) José Melão José Pedro José Pequeno (cabra de André Marinheiro) José Pequeno (cabra de Benevides) José Pinheiro José Prata José Roque (cabra de Benevides) José Sereno (Antônio Ribeiro) José Valério (cabra de Tibúrcio Santos) Jovino Cirino Júlio Porto (cabra de Benevides) Jurema (Inácio Nobre de Medeiros) Jurema (Inácio Nóbrega de Medeiros) Juriti (João Soares) Labareda (Ângelo Roque da Silva) Labareda (Pedro Francisco da Luz, cabra de Antônio Silvino) Lampião (Virgulino Ferreira da Silva) Latada (Raimundo Ângelo) Lavandeira Limoeiro Lua Branca Lucas da feira Lucas das Piranhas Luís Brilhante (cabra de Benevides) Luís do Triângulo ou Luís da Cacimba Nova (Luís Pereira de Souza ou Luís Nunes de Souza) Luís Padre (Luís Pereira da Silva Jacobina) Luís Pedro (Luís Pedro Cordeiro) Luís Sabino Maçarico (Luís Macário) Malícia (Luís Macário) Mane Chiquim Mansidão (Luís Mansidão) Manuel Ângelo Manuel Barbosa Manuel Benedito Manuel de Emília Manuel de Nara (cabra de Antônio Silvino) Manuel Isidoro da Cunha Manuel Pajeú Manuel Porcino Manuel Prata Manuel Santana Manuel Toalha Manuel Vaqueiro Manuel Vítor da Silva ou Manuel Vítor Martins Mão Foveira ou Serra d´Umã (Domingos de Souza) Mão-de-Grelha (Marculino, cabra de Sinhô Pereira) Marcula (Marculino do Juá) Maria Bonita (Maria Déa de Oliveira) Mariano (Mariano Laurindo Granja) Marinheiros (irmãos André, Antônio e José) Marreca (Marculino Pereira) Mateus Meia Noite (Antônio Augusto Correia) Meia Noite (Vicente Feliciano de Lima) Mel-com-terra (Benedito Valério) Mergulhão (Constantino, cabra de Sinhô Pereira) Mergulhão I (cabra de Lampião) Mergulhão II ou Marguião (cabra de Lampião) Meu Primo (Sátiro) Miguel Feitosa Miguel Praça Mocinho Godê Moderno (Virgínio) Moeda Moita Braba Moitinha (Joaquim Brás) Mormaço Mourão (Pedro, cabra de Sinhô Pereira) Navieiro (Deodato, cabra de Sinhô Pereira) Neco Barbosa Negro Tibúrcio (Tibúrcio Santos) Nicolau (cabra de Lucas da Feira) Padre (José Antônio) Pancada (José Lino de Souza) Passarinho Pedro Fernandes Pedro Miranda Pedro Paulo Pedro Porcino Pedro Rocha Pilão Deityado (Antonio Dino) Pinga Fogo (cabra de Benvides) Pintadinho (Manuel Lucas de Melo) Pitombeira (Manuel Vitória) Plínio (cabra de Sinhô Pereira) Pontaria (Ricardo Neném) Ponto Fino (Ezequel Ferreira da Silva ou Ezequiel Profeta dos Santos, irmão mais novo de Lampião) Português (Francelino José Nunes) Quinta-Feira Quintino Quelé Raimundo Agostinho Raimundo Constantino Raimundo Patrício Raimundo Tabaqueiro Rajado (João Davi) Rajado (José Davi) Reboliço Relâmpago (cabra de Corisco) Relâmpago (cabra de Lampião) Relâmpago (José Felipe Carmo dos Santos) Rio Branco (cabra de Corisco) Rio Preto (Firmo José de Lima) Rouxinol (José Nogueira Deodato) Sabiá Sabino (Sabino Gomes de Góis, também conhecido por Gomes de Melo e Barbosa de Melo e ainda Gore ou Goa) Sabonete Saracura Sereno Serra Branca (Joaquim José de Moura ou Joaquim de Moura Barbosa) Sila (Ilda Ribeiro de Souza, mulher de José Sereno) Sinhô Pereira ou Seu Rodrigues (Sebastião Pereira e Silva) Suspeita (Orestes, cabra de Sinhô Pereira) Tempestade (Antônio Felix) Tempo Duro Teotônio da Siliveira (sic) (cabra de Luís do Triângulo) Terto Barbosa Tiburtino Toinho da Cachoeira (cabra de Luís do Triângulo) Torquato (cabra de Luís do Triângulo) Trovão Ulisses Liberato de Alencar Urso (Ursulino dos Santos) Valderedo Ferreira Vassoura (Livino Ferreira da Silva ou Livino Ferreira dos Santos ou Livino Ferreira de Souza, irmão de Lampião). Velocidade (Pedro Pauferro da Silva) Venâncio Ventania (cabra de Antônio Silvino) Vereda (cabra de Corisco) Vicente de Marina Vicente Moreira Vinte Cinco (José Alves de Matos) Vinte Dois (João Marculino) Volta Seca (Antônio dos Santos) Zé Baiano Zé Sereno. FONTE: GASPAR, Lúcia. Cangaceiros: alcunhas e nomes próprios. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/. Acesso em: 15/11/2015. SAIBA MAIS: FONTE: GASPAR, Lúcia. Cangaceiros: alcunhas e nomes próprios. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/. Acesso em: 15/11/2015. Ouça " MULHER RENDEIRA" na voz de Volta Seca -Clique:http://lentescangaceiras.blogspot.com/ Composicão musical (letra e melodia) do ex-cangaceiro Antonio dos Santos ( Volta Seca ) em homenagem à Maria Bonita – a rainha do cangaço. Volta Seca gravou em 1957 no disco de 33 RPM (rotações por minuto), de 10 polegadas com o título de "Cantigas de Lampeão". Clique!http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Benjamim%20Abrah%C3%A3o Saiba Mais http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/lampiao/lampiao-2.php ¹ - http://www.cchla.ufpb.br/rbse/MairaArt.pdf http://revistamuito.atarde.com.br/?p=4464 http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/cangaco/cangaco-1.php Cristino Gomes da Silva Cleto, “corisco” ou “diabo louro”:25-05-1940+ Sergia Ribeiro da Silva, “sussuarana”:1994 + Leia Mais: Wikipédia: Jagunço ¹ - QUEIROZ, Claudionor de Oliveira. O Sertão Que Eu Conheci. 2ª edição; Salvador; Alba; 1998. ORAÇÃO DA PEDRA CRISTALINA "Minha Pedra Cristalina que no mar fosse achada, entre o Cálice e a Hóstia consagrada: treme a terra, mas não treme Nosso Senhor Jesus Cristo no altar; Assim como treme os corações dos meus inimigos quando olharem para mim. Eu te benzo em cruz e não tu a mim, entre o sol e a lua e as estrelas as três pessoas da Santíssima Trindade. Meu Deus! Na travessia avistei meus inimigos. Meu Deus, o que faço com eles? Com o manto da Virgem Maria sou coberto; e com o sangue de meu senhor Jesus Cristo sou valido. Se tiverem olhos não me verão; Se tiverem ouvidos não me escutarão; Se tiverem boca não me falarão; Se tiverem mãos não me baterão; Se tiverem pés não me alcançarão. Tens vontade de atirar, porém não atira. Se me atirar, água pelo cano da espingarda correrá. Se tiver vontade de me furar a faca, da mão cairá. Se me amarrar, os nós desatarão e se me trancar, as portas se abrirão. Salvo fui, salvo sou, salvo serei. Com a chave do Santissimo Sacrário, eu me fecharei". ¹ - CRUZ, Altair Andrade. - Graduação em Comunicação Social. - Habilitação em Publicidade e Propaganda - Graduada em Jornalismo.

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